Embora poucas pessoas comentem sobre isso, é sabido que os cariocas transformaram o futebol em regra de etiqueta social. Para quem vive no estado do Rio de Janeiro, sobretudo na região metropolitana, é uma ofensa assumir o desprezo pelo esporte supostamente mais popular do país.
Afirmar que não torce para nenhum dos quatro principais times locais (Flamengo, Fluminense, Vasco e Botafogo) e garantir que estará fazendo outra coisa durante os jogos da "seleção" durante a copa é considerado uma ofensa para muitos cariocas que ficam perplexos em sem reação.
Esta transformação do futebol em regra social, resultante do mito de civismo agregado à modalidade, faz com que a recusa pelo hobby supostamente mais popular do país soe como se estivéssemos falando mal de algo precioso oferecido por algum anfitrião. É como dizer ao dono de uma pizzaria que não gostou da melhor pizza produzida por ele.
Cariocas usam o futebol como meio de sociabilizar pessoas que possam ter diferenças em outros setores do entretenimento. Por ser uma regra social, futebol é tratado como meio de agregamento social. É por meio do futebol que você conquista e mantém relações sociais que podem ser úteis em assuntos mais necessários.
Bom lembrar que por ser o lazer favorito dos cariocas, os mesmos ficam meio sem graça diante de alguém que não curte futebol. Não sabem como se entreter com ele. Cariocas adoram mesmice e só sabem se relacionar com alguém se usarem o futebol como brincadeira social.
Por isso que cariocas se ofendem diante de quem se assume não gostar de futebol. Não gostar de futebol, para cariocas, significa não gostar de brincar com pessoas. Significa não gostar de pessoas.
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