Não deu outra: Neymar retomou o namoro publicitário com a "menina boa-moça" Bruna Marquezine. Ambos sabem muito bem que juntos rendem muito mais dinheiro do que separados. E Marquezine tem lucrado bastante com o namoro, que a fez conhecida em outros países.
Só isso explica uma moça de família a se unir a um traste sem qualidades, de péssimo gosto cultural, péssima posição política e que nem sabe falar direito, com nível intelectual abaixo do discutível. Mas ele é rico, ele é a principal estrela de um esporte hipnotizador. O herói nacional da meritocracia burguesa. E um péssimo exemplo para quem decide estudar para vencer na vida.
Os publicitários que gerencial a carreira do jogador entenderam que em anos de copa, Neymar não pode ficar solteiro. Para completar o conto de fadas em torno do sapo magricela, tem que haver uma princesa. Foco das atenções até mesmo de quem finge odiá-lo, Neymar deve ter alguém doce na plateia gritando por ele, para que a novelinha da copa possa ter seu final fofo e pseudo-romântico.
Imaginem se Neymar permanecesse solteiro durante uma copa. Faltaria aquele temperinho romântico que o transformaria numa ciclópica quimera a liderar a mitologia futebolística que encanta a todos os incautos. Em filmes sabemos que heróis que terminam sozinhos, mesmo vitoriosos, soa como algo melancólico, praticamente anulando a comemoração pela vitória conquistada.
Como em todo o filme, o herói, após vencer a brava luta contra o inimigo mortal, deve receber o beijo da mocinha, para que no final os suspiros pudessem exalar. Mas não deve ser qualquer mocinha. Se não faz diferença para um herói ser burro e feio, bastando ser forte, rico e corajoso, para a mocinha é imprescindível que agrade a todos, senso ao mesmo tempo meiga e sensual.
Não pode ser apenas meiga como uma noviça nem sensual como uma playmate. Teria que ter o equilíbrio das duas caraterísticas. E este papel Bruna Marquezine sabe cumprir e forma perfeita, agradando ao mesmo tempo os machistas torcedores e as românticas mulheres que fingem gostar de futebol para não ficarem sozinhas no meio da sociedade.
Por isso que Neymar foi obrigado a cancelar sua vocação de Dom Juan atrapalhado nos nightclubs do mundo afora para se dedicar ao papel de carola Cinderelo do patriotismo de copa dos alienados brasileiros - tranquilos com a volta da escravidão em nosso país - se tornando exclusivo do coração de uma donzela. Isso até o badalar da meia noite, após o último jogador deixar o estádio após a final.
Após o badalar do relógio, o príncipe Neymar vira sapo, o uniforme vira trapo, a carruagem vira abóbora e nos lembraremos de novo que vivemos em uma ditadura capitalista a destruir nossa soberania e nossos direitos.
Pois soberania e direitos nunca seriam recuperados com a gloriosa vitória de um mero time de futebol, o que a "seleção", meramente uma superestimada ilusão, nunca deixou de ser de fato.
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