No Brasil, futebol é prioridade máxima. Agregador social, ele é considerado obrigação para a grande maioria dos brasileiros. Os famosos e influentes têm ainda mais obrigação de estimular o gosto pelo futebol como se não existisse quem não gostasse. É como acontece na religião, quando pessoas influentes esquecem a existência de ateus e agnósticos.
Boulos, assim como outros esquerdistas como Miguel do Rosário e Rui Costa Pimenta, fanáticos por futebol, fez questão de comentar a escalação de Tite para a copa como se fosse um assunto de segurança nacional, como se fosse importante para a diginidade nacional. Nem vamos colocar o comentário dele, de tão fútil e inútil.
Boulos se esqueceu de duas coisas: estava falando de um assunto fútil, sem importância séria. Ficou a impressão que ele usará o resultado da copa para favorecer a sua campanha à presidência, atraindo torcedores para o seu eleitorado. O que não é errado totalmente, visto que desta forma ele atrairá um grade número de pessoas.
Outra coisa que ele esqueceu é que nem todos gostam de futebol. E vários dos admiradores de sua luta em prol dos sem moradia - há membros de nossa equipe que o admiram - que fazem de tudo para ficar bem longe do futebol, se incomodando com a gritaria da torcida.
Boulos deveria ter ficado calado e comemorado a escalação apenas entre seus amigos. Ele tem o direito, assim como todos, de gostar de futebol. Mas não tem o "direito" de transformá-lo em "dever cívico" empurrando gole abaixo dos outros como se fosse obrigatório o apreço dos brasileiros pela modalidade.
As esquerdas tem feito uma imensa campanha em prol do futebol, o mais capitalista dos esportes (os protestos do pato da FIESP não me deixam mentir), e sonham com a irreal utopia de vê-lo fora das mãos de cartolas e patrocinadores, se esquecendo que os grandes capitalistas são que transformaram o futebol em paixão nacional.
Sem capitalistas, patrocinadores do golpe de 2016, o futebol retorna para as lamacentas várzeas. E pelo que eu sei, a maioria das pessoas não gosta de coisas lamacentas.
Se esquecem também que mesma modalidade é utilizada não apenas para alienar a população como também para provocar uma polarização ideológica, criando um maniqueísmo nocivo que mais desune do que une. Torcendo para esquipes, aprendem também a torcer por ideologias e pelas pessoas que as representam. Os ignorantes bolsominions são excelente exemplo disso.
Mas o que as esquerdas se esquecem mesmo é que o futebol nunca passou de uma reles diversão. Sua importância para a dignidade e o desenvolvimento do Brasil é a mesma de um ioiô ou de uma brincadeira ciranda em uma tarde de domingo. Brincadeiras infantis nunca desenvolveram países.
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