Quem vive no Rio de Janeiro sabe que na sociedade carioca o futebol não somente é obrigação social como é regra de etiqueta. A sociedade carioca está dividida entre quatro times: Flamengo, Fluminense, Vasco e Botafogo. Cariocas são obrigados a escolher um dos quatro times e mesmo não assistindo a um só jogo e desconhecendo o nome dos principais craques, quem não optar por entre um dos quatro se encontra em sérios apuros, sendo vítima de claros preconceitos.
Mas para os homens cariocas, o futebol tem um significado a mais, o que aumenta a obrigatoriedade: o futebol é o meio de afirmar a masculinidade. Para cariocas, homem não é aquele que gosta de mulher. Homem é aquele que gosta de futebol. Se você for gay e gostar de futebol, você é respeitado como macho viril e tem a sua masculinidade comprovada. Mas se você é daqueles que não trocaria mulheres por um joguinho de futebol, ih... pode se preparar para apanhar de homofóbicos.
Você já deve ter ouvido como um carioca comemora a vitória de seu time favorito. Não é como uma pessoa naturalmente feliz. É um berro gutural, similar ao de um gorila pronto para o ataque. Isso acontece porque o torcedor usa o futebol para "comemorar"a sua masculinidade. Quando um torcedor carioca grita "gol" ou o nome do seu time, na verdade ele está gritando: "EU SOU MACHOOOO!!!".
Por isso que o grito de um torcedor carioca é tao estridente. Interessante que isso derruba o mito de que o carioca é um povo elegante e culto e confirma a minha suspeita de que o carioca tem índole agressiva. O grito dos torcedores é um grito agressivo, como se o torcedor disse para ninguém mexer com ele senão ele pode partir para o ataque, em prol do prejuízo alheio.
Não é por acaso que o Rio de Janeiro é o estado do machismo desenfreado, das celebridades arrogantes e gananciosas, dos traficantes de drogas, do Eduardo Cunha, do Bolsonaro e os ataques de bullying e cyberbullying. Agredir os outros é algo que ninguém faz melhor que os cariocas. Tente entender isso...
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