Ontem tive a infelicidade de ver no intervalo de um seriado favorito, um anúncio do banco Itaú (tinha que ser um banco) sobre a copa de 2014. A propaganda traz uma subliminar mensagem que sugere que quem é brasileiro é obrigado a gostar de futebol.
A propaganda é a seguinte: mostra o cotidiano dos brasileiros e nas fronteiras surge aos poucos a arquibancada de um estádio de futebol cercando o país. Como se quisesse dizer: se você está no Brasil, vai ter que assistir a copa. É um jento moderno de "ame ou deixe-o" em versão futebolística. Um ofensa para quem não curte a famosa modalidade esportiva.
A publicidade, trabalhando a serviço de Grandes Empresários, sempre trabalhou a ideia do futebol como uma obrigação cívico-social, já que isso transforma qualquer lucro relacionado ao futebol, seus eventos e produtos relacionados (TV, cerveja, etc.) em lucro garantido, que chega com absoluta certeza, nunca sendo adiado. Como as taxas obrigatóriasque são pagas ao governoi para a obetnção de direitos.
Está ainda muito longe a chegada da democracia nas atividades de lazer. Ainda somos obrigados a gostar de futebol, enfrentando preconceitos e tendo que engolir uma mera forma de lazer como se fosse o nosso maior orgulho como nação. Mais importante do que o nível da qualidade de vida da população.
Quem não curte futebol é solenemente ignorado pela mídia, pelas autoridades e pelas empresas. Um verdadeiro preconceito e desrespeito que merecia uma correção urgente, que infelizmente nunca é feita.
A dita cuja está aqui. Assista se tiver fôlego e sem se revoltar.
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