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Neymar, retrato fiel do povo brasileiro

Estereótipo atual do povo brasileiro: baixo nível intelectual, convicções construídas através da TV e dos contatos sociais, desinteresse por leitura e pesquisa, ânsia por festejos, priorização do lazer e de atividades fúteis, confiança cega em líderes, celebridades e divindades, mesquinhez, e teimosia, muita teimosia. 

Esse é o retrato do brasileiro, um povo que não está a fim de evoluir - até por se crer "evoluído" e que faz tudo para estar em cima com o mínimo de esforço possível, mas sem desobedecer as regras tradicionais de um sistema burro, mas exigente e excludente.

É natural que Neymar pudesse ser o brasileiro mais valorizado na atualidade. Ele em si é a síntese do povo brasileiro. Principalmente no que se diz a respeito dos defeitos. Neymar tem todos os defeitos típicos do povo brasileiro. 

O superestimado jogador de futebol - valorizado por causa de um lazerzinho banal como o futebol, tratado como obrigação social e motivo de orgulho cívico - acaba de receber a notícia que seu astronômico salário será aumentado. Detalhe: o cara sequer completou o ensino básico e vive dando provas claras de que é um tremendo burraldo, com referencias culturais pra lá de nojentas e voz de quem anda está aprendendo a falar.

Esse é o "Grande Herói" brasileiro, capaz de salvar ninguém e de ensinar coisa nenhuma a jovens iludidos por sua falsa reputação. E para piorar, é constantemente bajulado, perseguido, amado. E quanto mais isso acontece, mais ele se arroga. E quanto mais ele se arroga, mais ele é bajulado, perseguido, amado. E uma viciosa bola de neve se forma para que este ciclo se torna cada vez mais intenso, sinal de que Neymar já se transformando num gigantesco monstro (se é que ele não se transformou), capaz de causar inúmeros e imensuráveis estragos.

"Exemplo" maior de sucesso para os brasileiros, Neymar acaba desestimulando o estudo e o trabalho, ganhando incalculáveis fortunas fazendo algo que os pobres mortais fazem por lazer nos finais de semana. Sem o preparo intelectual adequado, Neymar se torna um esquizofrênico magnata, com dinheiro em excesso para gastar construindo réplicas de favelas em suas mansões, se limitando a se "educar" através de regras de etiqueta, sob orientação dos assessores que contrata.

Tirando a etiqueta, Neymar é um favelado como os estereótipos sugerem - há favelados inteligentes e bem educados, bom lembrar - e leva não o melhor de sua vida humilde e sim o pior, tornando se um Frankestein com patrimônio de lorde e jeito de lelek.

E com isso a população, que não para de se deslumbrar com o "maior de seus heróis", se espelha nele para continuar tranquila na sua mediocridade sagrada, ganhado apenas para pagar as suas ilusões e entregar a realização de todos os seus anseios nas mãos de um mero rapaz, mais ignorante que boa parte da sociedade brasileira, que superestimado pela mídia, representa para todos um Quixote moderno, que finge que estará  trazendo dignidade a nação inteira quando de fato só está piorando as coisas. Triste a nação que tem Neymar como seu maior "herói".

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