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Lei paulista banaliza ainda mais nosso hino

Não gosto de ouvir hinos em eventos esportivos, sobretudo nos jogos de futebol. Associar símbolos pátrios a eventos esportivos banaliza os símbolos da Pátrias já que, embora muitos finjam não saber, esporte é lazer, entretenimento, coisa para não ser levada muito a sério. Isso mesmo: essa atitude dá um caráter de "seriedade" aos eventos esportivos. Como se a vitória de um atleta ou equipe pudessem acabar com a miséria e as injustiças sociais de nosso país. Só se for a miséria e desigualdades dos próprios esportistas e dirigentes.

Mas uma lei de São Paulo obrigou a execução do Hino Nacional Brasileiro (Star Spangled "Pano"?) em todos os jogos em estádios paulistas. Se fosse em jogo da Seleção Amarelão ainda fazia sentido, embora não fosse ideal. Mas como essa lei exige, acaba por banalizar um de nossos símbolos pátrios. Todo mundo está careca de saber que o Zé-povo brasileiro, alenado como ninguém, só canta o hino em eventos esportivos. Deixou de ser o hino da Pátria para ser o Hino Esportivo Brasileiro, por exaltar não à pátria, mas atletas e equipes esportivas.

Esporte é só diversão, alegria. Nada tem a ver com patriotismo. Esportes são válidos, mas dentro de seu contexto lúdico. Mas dar um caráter de seriedade a eles é querer que a população permaneça ignorante, já que o esporte é muitas vezes usado como infalível instrumento de alienação.

E mais respeito com o nosso hino, da próxima vez.

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