Estava procurando na internet vários textos alheios para postar aqui hoje. Digitei várias palavras chaves que tentem dissociar o futebol de patriotismo, que desestimule o fanatismo, etc. Encontrei muito pouca coisa e a maioria é deste blog que você está lendo.
As ideias de que a "seleção é o Brasil", de que "futebol é patriotismo", "Jogadores são heróis", "torcer pela seleção é torcer pelo país" e outras bobagens, estão bastante arraigadas em nossa sociedade e são algo difícil de combater.
Esperava que com o surgimento na internet, as pessoas iriam ficar mais esclarecidas. Grande engano. A internet serve atualmente - pelo menos para os brasileiros - para confirmar e consagrar as convicções que as pessoas já carregam há muito tempo. A televisão ainda é o meio de comunicação mais influente no Brasil, com gigantesca influência nas regras de convivio social.
E foi a televisão que criou e desenvolveu esse verdadeiro câncer chamado fanatismo futebolístico. Futebol, criado para ser apenas uma forma de diversão - chegou a ser chamado de ludopédio, que significa "diversão com os pés" - se tornou uma obrigação social, quase que uma regra de etiqueta. Não gostar de futebol pega muito mal para muita gente.
E o futebol e a televisão criaram uma simbiose quase xifópaga, muito difícil de separar. A coisa é tão séria que redes de televisão chegam a fazer acordos de transmissão com horários dos jogos combinados previamente para não prejudicar a programação de uma emissora. O futebol deixou de ser esporte de campo para ser um esporte de televisão.
E com isso, a "fábrica de fazer malucos" tão falada por Stanislaw Ponte Preta, acaba fabricando sem parar muitos malucos por futebol, que vão associando valores nobres a um mero esporte, que nada tem de intelectual, pelo contrário, já que é o esporte oficial dos analfabetos, graças a suas regras fáceis e aos poucos custos (bola barata, pode ser jogada em qualquer lugar, etc.), além de exigir pouco preparo intelectual para a sua prática.
E o nosso país, com grave complexo de inferioridade ("futebol" é o único setor em que ganhamos de qualquer nação - que fatos comprovaram que é uma mentira, mais um mito para a população ignorante acreditar), acaba por abaixar mais ainda a sua auto-estima, com pessoas esclarecidas, de boa escolaridade fazendo ardorosas referências a jogadores de futebol, ídolos praticamente sem escolaridade e totalmente submissos a cartolas e a redes de televisão, dando lições de coisa nenhuma para uma gigantesca população eternamente carente de boas ideias.
E essa repulsiva, mas arraigada mania de associar futebol a patriotismo, na crença de que torcer pela "seleção" é querer que o Brasil evolua (tão lógico quanto dizer que a paz mundial depende do meu espirro), e confusão que iguala a a "seleção" com o próprio país, vão perpetuando o fanatismo no futebol, impedindo o direito a diversão de quem não curte o esporte, eliminando a democracia no esporte, atrofiando e até sufocando o culto a outras modalidades esportivas, e mantendo a população hipnotizada pelo espetaculoso futebol, esperando milagres na forma de um gol, enquanto cartolas, políticos e grandes empresários continuam a acumular seus lucros, mantendo o nossos sistema com as injustas regras que insistem em conviver conosco, trazendo a nossa infelicidade.
Sinceramente, patriotismo de verdade seria melhor provado se abandonássemos o futebol, amadurecendo a nossa sociedade. Um esporte controlado por gananciosos, que estimula o crescimento rápido sem estudos e que serve de felicidade postiça para a maior parte da população, só faz as coisas piorarem cada vez mais, mantendo-nos numa letargia hipnótica que atrofia cada vez mais o cérebro e confirma a fama que temos lá fora como um povo otário, trouxa, que só pensa em se divertir.
E aí, dissociando o futebol de patriotismo e obrigação social, possamos devolver ao futebol o caráter de divertimento puro, que desapareceu há muito tempo nesse esporte, e voltarmos a ter o prazer de curtir em paz, sem associar com "valores nobres", algo que nunca combinou com o futebol. Futebol como diversão é válido, mas futebol como obrigação cívica é doença. Precisamos "desvalorizar" o futebol para que ele recupere seu real valor lúdico.
Faço a minha parte para tentar esclarecer a população. Se ela não faz a sua parte, paciência.
As ideias de que a "seleção é o Brasil", de que "futebol é patriotismo", "Jogadores são heróis", "torcer pela seleção é torcer pelo país" e outras bobagens, estão bastante arraigadas em nossa sociedade e são algo difícil de combater.
Esperava que com o surgimento na internet, as pessoas iriam ficar mais esclarecidas. Grande engano. A internet serve atualmente - pelo menos para os brasileiros - para confirmar e consagrar as convicções que as pessoas já carregam há muito tempo. A televisão ainda é o meio de comunicação mais influente no Brasil, com gigantesca influência nas regras de convivio social.
E foi a televisão que criou e desenvolveu esse verdadeiro câncer chamado fanatismo futebolístico. Futebol, criado para ser apenas uma forma de diversão - chegou a ser chamado de ludopédio, que significa "diversão com os pés" - se tornou uma obrigação social, quase que uma regra de etiqueta. Não gostar de futebol pega muito mal para muita gente.
E o futebol e a televisão criaram uma simbiose quase xifópaga, muito difícil de separar. A coisa é tão séria que redes de televisão chegam a fazer acordos de transmissão com horários dos jogos combinados previamente para não prejudicar a programação de uma emissora. O futebol deixou de ser esporte de campo para ser um esporte de televisão.
E com isso, a "fábrica de fazer malucos" tão falada por Stanislaw Ponte Preta, acaba fabricando sem parar muitos malucos por futebol, que vão associando valores nobres a um mero esporte, que nada tem de intelectual, pelo contrário, já que é o esporte oficial dos analfabetos, graças a suas regras fáceis e aos poucos custos (bola barata, pode ser jogada em qualquer lugar, etc.), além de exigir pouco preparo intelectual para a sua prática.
E o nosso país, com grave complexo de inferioridade ("futebol" é o único setor em que ganhamos de qualquer nação - que fatos comprovaram que é uma mentira, mais um mito para a população ignorante acreditar), acaba por abaixar mais ainda a sua auto-estima, com pessoas esclarecidas, de boa escolaridade fazendo ardorosas referências a jogadores de futebol, ídolos praticamente sem escolaridade e totalmente submissos a cartolas e a redes de televisão, dando lições de coisa nenhuma para uma gigantesca população eternamente carente de boas ideias.
E essa repulsiva, mas arraigada mania de associar futebol a patriotismo, na crença de que torcer pela "seleção" é querer que o Brasil evolua (tão lógico quanto dizer que a paz mundial depende do meu espirro), e confusão que iguala a a "seleção" com o próprio país, vão perpetuando o fanatismo no futebol, impedindo o direito a diversão de quem não curte o esporte, eliminando a democracia no esporte, atrofiando e até sufocando o culto a outras modalidades esportivas, e mantendo a população hipnotizada pelo espetaculoso futebol, esperando milagres na forma de um gol, enquanto cartolas, políticos e grandes empresários continuam a acumular seus lucros, mantendo o nossos sistema com as injustas regras que insistem em conviver conosco, trazendo a nossa infelicidade.
Sinceramente, patriotismo de verdade seria melhor provado se abandonássemos o futebol, amadurecendo a nossa sociedade. Um esporte controlado por gananciosos, que estimula o crescimento rápido sem estudos e que serve de felicidade postiça para a maior parte da população, só faz as coisas piorarem cada vez mais, mantendo-nos numa letargia hipnótica que atrofia cada vez mais o cérebro e confirma a fama que temos lá fora como um povo otário, trouxa, que só pensa em se divertir.
E aí, dissociando o futebol de patriotismo e obrigação social, possamos devolver ao futebol o caráter de divertimento puro, que desapareceu há muito tempo nesse esporte, e voltarmos a ter o prazer de curtir em paz, sem associar com "valores nobres", algo que nunca combinou com o futebol. Futebol como diversão é válido, mas futebol como obrigação cívica é doença. Precisamos "desvalorizar" o futebol para que ele recupere seu real valor lúdico.
Faço a minha parte para tentar esclarecer a população. Se ela não faz a sua parte, paciência.
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