A tão anunciada crise chegou. Inflação, corte de gastos, aumento de impostos, de juros e um festival de leis nocivas sendo aprovadas, tem amedrontado a população com razão. Pessoas estão tendo que se virar para ter um pouco de dignidade, já que não dá para evitar a redução da qualidade de vida.
Os políticos já admitem a crise, mas estão fazendo de tudo, com auxílio da mídia e de empresários, para dissociá-la dos gastos inúteis feitos durante a copa, que não trouxe o faraônico retorno esperado. Afinal, futebol só parece unanimidade (e não é) para os brasileiros, que achavam que o gosto pela modalidade fizesse parte da biologia humana, fazendo com que toda a população mundial tivesse desembarcado aqui para assistir aos jogos. Tudo como havíamos previsto anos antes do começo da copa.
A copa foi um fracasso em todos os sentidos. E não é somente na humilhante (para os torcedores – para nós foi ótimo, pois os arrogantes jogadores brasileiros merecem sim, todo tipo de humilhação, para fazê-los abaixar a crista) derrota no jogo com a Alemanha, como em toda a organização medíocre que fez com que o evento parecesse gincana de escola de cidade interiorana. Isso com os brasileiros com vocação para grandes espetáculos, como se vê no Carnaval, em muitas festas juninas e no Rock in Rio, impecáveis na organização.
Como veem, gastou-se muito dinheiro para fazer uma porcaria. Obras de infraestrutura anda continuam, sem previsão de conclusão. Como não serão mais feitas para turistas, muitas dessas obras serão convertidas em gambiarras para poderem ser concluídas. O povo brasileiro aceita qualquer coisa mesmo. É só colocar purpurina e neon em cima que parece bom.
Mas não digam que esta crise tem a ver com a copa. Para quem é a favor do futebol, foi uma grande copa – apesar da pior e merecida derrota da “seleção” em toda a sua história – e o gasto foi “necessário”. Para as autoridades, bom mesmo é inventar motivos para esta crise. Fala-se qualquer bobagem em uma entrevista em um telejornal prestigiado que todo mundo acredita.
No final, a população, após dar um jeitinho para driblar esta crise, sentará diante de um televisor diante de um jogo de futebol “importante” e fará a famosa pergunta: "Crise? Que Crise?".
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