Nós aqui somos de esquerda. Mas não é por sermos de esquerda que vamos aplaudir os erros que muitos esquerdistas cometem. Erros são erros e devem ser corrigidos.
A esquerda gosta bastante de dissociar o futebol do Capitalismo, ignorando que a citada modalidade esportiva só é forte graças a muito dinheiro de patrocinadores, gestão dos cartolas e muita propaganda midiática que induz uma população de um país imenso a ter apenas uma só preferência esportiva, em um contexto inadequado para monopólios.
Está havendo uma insistente, mas sutil campanha para transformar o futebol em ativismo social, aumentando a sua importância para os brasileiros, que já é muito exagerada. Protestos contra a direita estão sendo armados durante os jogos (há um lado bom nisso, pois atrai visibilidade) para que a modalidade esportiva seja considerada útil para a transformação social.
Por mais legal que isso pareça ser, é inevitável enxergar a iniciativa protética de embutir no futebol um caráter intelectualizante, por mais que os jogadores e grande parte da torcida seja sub-escolarizada. Futebol não foi feito para ser intelectual, sendo apenas uma forma de diversão. Mas a importância exagerada que os brasileiros dão ao futebol os obriga a embutir muitas qualidades que não fazem parte da modalidade.
Tudo bem que torcedores tenham o direito de expor a sua orientação política e lutar por melhorias para a sociedade. Mas que façam isso como cidadãos e não como torcedores. Fora dos gramados o jogo é bem diferente e confundir as coisas só pioras as coisas, fortalecendo o interesse de cartolas e patrocinadores interessados na decadência do país.
Seria muito bom que política e diversão pudessem se manter separados. Mas uni-los é interessante para quem se beneficia com o caos resultante dessa confusão.
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