Quando eu menciono a declaração que foi colocada como título desta postagem, muitas gente se irrita. Faz parte do instinto humano não assumir defeitos e se ofender com facilidade e a reação é automática.
Alguns até protestam com razão, pois há muitos inteligentes que curtem futebol. mas a existência de torcedores inteligentes não faz do futebol um esporte inteligente. Até porque se futebol fosse coisa de inteligente, os ignorantes não curtiriam futebol. E um fato comprovado: todos os burros curtem futebol, enquanto apenas os inteligentes detestam. Não há burros que detestem futebol.
O que os inteligentes que curtem futebol deveriam saber é que a inteligência deles não torna o futebol mais inteligente. Futebol é de fato um esporte de burros. Ignorantes são uma gigantesca maioria entre os torcedores. Jogadores possuem baixa escolaridade e as entrevistas que dão - salvo raras exceções - costumam ser bem toscas. Se vão além do tradicional uga-uga, já está bom para os torcedores. Até mesmo cartolas falam e agem como se fossem donos de biroscas de subúrbio, com a diferença que movimentam quantidades de dinheiro típicas de gigantescas empresas multi-nacionais.
O futebol nada tem de brilhante e genial. Enxergar genialidade no futebol é o mesmo que ver cabeleira em casca de ovo. Futebol é um esporte simples, de regras simples, praticado com simplicidade tendo como público-alvo gente simples. Se os inteligentes, sobretudo os graduados (se bem que há graduados semi-analfabetos e as exigências do mercado de trabalho e o cotidiano das faculdades podem provar a possibilidade disto) gostam de futebol, devem assumir que no momento estão descendo o seu nível intelectual e passando por uma fase, mesmo temporária, de emburrecimento, já que o futebol não exige nenhuma qualidade intelectual para ser entendido.
Mas um fator que faz com que muita gente intelectualizada passe a gostar de futebol são as regras sociais. Futebol, no Brasil é obrigação social (no Rio de Janeiro é ainda pior: é regra de etiqueta - é ofensa para o carioca se recusar a fazer parte da torcida de um dos quatro times principais) e gostar de futebol significa ser incluído na coletividade, se beneficiando de regalias que só o convívio social pode favorecer.
Faz sentido. Vi em um programa científico que imitar a maioria de pessoas faz parte do instinto humano de sobrevivência. Se bem que é estranho entrarmos no século XXI ainda presos a instintos. Após milênios e milênios ainda não sabemos como usar os nossos cérebros.
Para os inteligentes que curtem futebol um recado: parem de posar de ofendidos. Não estou chamado ninguém que não seja burro de burro. O fato do Futebol ser um esporte de burros não significa que os inteligentes não possam gostar. Até porque se de um lado os básicos não entendem os avançados, os avançados conseguem entender os básicos. É óbvio.
O que devemos reconhecer que o futebol é sim esporte de burros e que os inteligentes não emburrecem por causa dele, embora passem por um momentâneo descanso intelectual durante a curtida futebolística.
E que o futebol também não evolui o intelecto de ninguém: algo francamente observado no cotidiano do povo brasileiro, o povo que mais ama futebol. Um esporte mais do que adequado para uma sociedade que normalmente detesta pensar.
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