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Mostrando postagens de 2013

Itaú faz propaganda cruel sobre a copa

Ontem tive a infelicidade de ver no intervalo de um seriado favorito, um anúncio do banco Itaú (tinha que ser um banco) sobre a copa de 2014. A propaganda traz uma subliminar mensagem que sugere que quem é brasileiro é obrigado a gostar de futebol. A propaganda é a seguinte: mostra o cotidiano dos brasileiros e nas fronteiras surge aos poucos a arquibancada de um estádio de futebol cercando o país. Como se quisesse dizer: se você está no Brasil, vai ter que assistir a copa. É um jento moderno de "ame ou deixe-o" em versão futebolística. Um ofensa para quem não curte a famosa modalidade esportiva. A publicidade, trabalhando a serviço de Grandes Empresários, sempre trabalhou a ideia do futebol como uma obrigação cívico-social, já que isso transforma qualquer lucro relacionado ao futebol,  seus eventos e produtos relacionados (TV, cerveja, etc.) em lucro garantido, que chega com absoluta certeza, nunca sendo adiado. Como as taxas obrigatóriasque são pagas ao governoi para a obet

Maracanã, Neymar e como o futebol nos faz idiotas

Pensem comigo: o que há de tão importante em uma bola de couro entrar em uma rede presa em um aro quadrado de ferro? Em que isso traz dignidade e prosperidade ao país? Nesta semana, dois acontecimentos considerados importantes para quem curte futebol marcaram as notícias, com direito a muita bajulação, martelando as mentes dos telespectadores de todo o país: a venda de Neymar para o Barcelona e a reinauguração do Maracanã, símbolo maior do futebol brasileiro, além da Seleção Amarelão. Neymar relutou em sair do Santos. Nem o seu time era favorável a sua saída. Mas os patrocinadores do bajulado jogador entenderam que seria bom uma experiência no exterior para que completar a construção de sua imagem de "herói máximo da nação". Convém lembrar que Neymar é o primeiro jogador totalmente fabricado pela mídia, com os objetivos de atrair cada vez mais do garantido dinheiro que o futebol tem condições de gerar. Neymar é o que os ingleses chamam de hype, hipérbole, melhor do que realme

Pelo direito de não gostar (mais) de futebol

Por Aurélio Munhoz, Sócio Capital* - Revista Carta Capital Na adolescência, ostentava a camisa do clube do coração com orgulho, mesmo depois das derrotas do meu onze favorito. Colecionava álbuns de figurinhas da equipe. Tinha time de futebol de botão, pôster colado na parede do quarto, chaveiro e, claro, bandeira do clube. Acompanhava todos, rigorosamente todos, os jogos da equipe. Mas, assim como as espinhas que eu tinha no rosto naquela época, a paixão acabou. E me divorciei da minha antiga equipe do coração. Anos depois, já nos anos 90, o mesmo aconteceu com o próprio futebol. Descontentamento com a mediocridade e o mercenarismo de muitas cepas de jogadores. Frustração com a conversão do futebol em negócio, muito mais que em esporte e arte. Irritação com o banditismo das quadrilhas de cartolas que vampirizam o futebol. Violência e estupidez de muitas torcidas organizadas. Tudo isso, junto, explica meu afastamento das arquibancadas, onde estive pela última vez em um jogo no qual quas